quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Entrevista com Danny Silva do site Noticia Interativa
















1-Como surgiu o site Noticia Interativa?
È até engraçado, ainda em 2008 tive o primeiro contato com o projeto de um site, que na época se chamava Badulakis e poderia ser o site do Gazeta Regional, mas não despertou interesse. Em 2010 com outro projeto de jornal impresso (Região em Noticias) fui me familiarizando com esta nova corrente de informação e percebendo que alí estava um meio rápido e eficiente de se levar notícias às pessoas de uma forma dinâmica e ágil. Na época voltava para o rádio como Programa Noticia Interativa. Sempre fazia as pautas do programa com material próprio (matérias locais) e material de outras fontes. Comecei a perceber que o programa poderia ter o seu site e vice versa. Nascia então em 12 de novembro de 2011 às 17h45 o Noticia Interativa Virtual.

2-Quais foram as maiores dificuldades encontradas no inicio do projeto do site?
Não coloco como dificuldades, coloco como entendimento da tecnologia e dos recursos que ela disponibiliza. Tinha que encontrar uma cara para o site e entender o perfil dos leitores da cidade e claro, imaginar que tudo que fosse postado alí, poderia ser também lifo em qualquer parte do mundo que soubesse o português. Talvez esta era grande sacada, entender o perfil destas pessoas que sequer sabemos quem são. Mas como disse é um aprendizado e temos visto que estamos no caminho certo, pois sempre recebemos e-mails de pessoas de grandes cidades que sabem de Guaranésia e da região através do NIV e tem em comum, problemas iguais aos nossos.

3-Todo mundo sabe de sua historia no radio como foi o começo de sua historia no radio?
O rádio é na verdade uma paixão. Venho de uma época em o rádio, assim como acontece ainda e procuro resgatar é uma companhia. Acordava cedo para ir para a escola e ouvia sempre Eli Correa, Zé Bétio, Paulo Barbosa. A noite me recordo que dormia ouvindo Samuel França pela Rádio Mundial do Rio de Janeiro. Me recordo também de ouvir os primeiro passos da Nova Guaranésia e da Rádio Cidade de Guaxupé, coisa que para nós a época era coisa de outro mundo.
Parcipei de alguns concursos da AM no programa da Regina Muniz e tive sorte e, alguns. Numa oportunidade em teste para locutor coordenado pela Mirian Reis, participei e passei. Me lembro, que foi a primeira vez que conversei com o Ismael, ele foi melhor que eu, afinal vinha de um grande centro e tinha mais desenvoltura. Mas depois foi dada oportunidade e encarei. Aprendi muito e até hoje me recordo do Rádio que fazíamos na época, sem recursos tecnológicos fazíamos uma rádio dinâmica e atual. Tive a oportunidade de também organizar alguns testes para locutor e aprender muito com isto, sendo destaque desta época Alessandro e Dimas Viana, não podendo esquecer da Fátima Cardoso, Olizenvaldo Evériton e até mesmo Pica Pau, que começou fazendo laboratório durante algumas horas por semana e hoje está aí.

4-O que acha da cultura local?
E complicado falar em cultura, principalmente atualmente, pois vejo que ela é focado em pontos vagos e falta o que sempre prezo em qualquer coisa que envolva gente: base e referência.
A base de nossa cultura se perdeu junto com a interdição do Centro Cultural, pois não sei se felizmente ou infelizmente alí era depositada toda a nossa referencia cultural e hoje sem isto parece que as coisas soam de modo desafinado. Mas um fato que se vê de forma nítida e triste é que falta muito é o apoio às diversas vertentes culturais da cidade temos cantores, escritores, atores, pessoas ligadas ao folclore, uma história maravilhosa e rica, mas parece que nada disto é percebido. A crítica não é voltada para o agora, pois este fato vem de longa data e parece que a cultura é moldada a cada quatro anos por quem está no seu comando, Mas ninguém comanda a cultura, ela é uma manifestação das aspirações e talentos de uma época, será que é tão difícil entender isto?
No ano passado apresentei um projeto para a realização do 2º Literário, (a continuação de um evento que deu muito certo e foi pioneiro na região no governo Jacy Vilas Boas), mas após uma ou duas reuniões ficou nítido que nada sairia do papel. Carnaval, eventos festivos como aniversário e natal, são interessantes mais fogem muito da coisa cultural, pois são festas prontas e não agregam as expressões de um povo.
Por outro felizmente temos batalhadores como o Maurinho, Cacilda, Daniel Mello que não deixam a peteca cair e fazem o espetáculo continuar.

5-Acha que deveria haver mais oportunidades para os talentos locais?
Esta é a base a que me refiro, oportunidade. Como podemos saber se um jovem é um excelente cantor, ator, poeta, dançarino se não somos capazes de dar atenção e criar oportunidades para que se mostrem. Acredito que nossos talentos em evidência hoje já passaram por esta experiência, ou seja, falta de um espaço onde mostrem o que sabem e possam aprimorar e lapidar o que natural. Neste quesito Guaranésia ainda continua sendo uma fonte de talentos, mas que infelizmente tem que brilhar lá fora para depois ter o talento reconhecido e dado o merecimento devido.
6-Quais são os projetos futuros para o site e para o rádio?
Por enquanto temos novidades que aos poucos vamos agregando ao NIV, mas sem muita badalação. A proposta se mantém fiel desde seu nascimento, ser um jornal eletrônico, dentro da realidade guaranesiana, mas com foco para a realidade do mundo. E isto dia-a-dia trem crescido graças às parcerias que sempre fechamos com Agências de Noticias, colunistas e parceiros. Já em relação ao rádio, acredito que também aos poucos vamos mudando o jeito de fazer os programas incrementando o que está dando certo, remodelando o que não tem está sendo entendido e por aí. Música por música as pessoas ouvem um cd ou mp3, o rádio deve ir além, cumprir um a função que a televisão tem, mas não ocupando todo o tempo e atenção da pessoa.

7-Se pudesse mudar Guaranesia o que mudaria?
Mudar propriamente nada, acredito que as mudanças ocorrem por si mesmas e são o resultado de várias outras transformações pessoais. Talvez exigisse mais atenção à nossa educação, pois alí reside a chave de outras transformações. Exigiria mais disciplina e postura por parte dos alunos, pois estes atributos são também a base do aprendizado.

8-Obrigado pela entrevista, parabens pelo trabalho e deixe aqui uma mensagem para as pessoas que conferir esta entrevista?
Espero que entendam os pontos e que não soem como demagogos ou visionários. Mas uma verdade que aprendi com o tempo é que não existem verdades absolutas e tudo em nossa vida é uma questão de compreender as transformações do mundo.
As mudanças que queremos lá fora, devem ser feitas primeiro em nosso intimo, pois só assim serão verdadeiras e não somente algo que gostaríamos para nós e não foi possível fazer me nosso íntimo.
Um abraço à todos e obrigado pelo carinho e Muita Paz, Paciência, Persistência e muita Prudência

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