Para começar o Catira, o violeiro puxa o rasqueado e os dançadores fazem a "escova", isto é, um rápido bate-pé, bate-mão e seis pulos. A seguir o violeiro canta parte da moda, ajudado pelo "segunda" e volta ao "rasqueado". Os dançadores entram no bate-pé, bate-mão e dão seis pulos. Prossegue depois o violeiro o canto da Moda, recitando mais uns versos, que são seguidos de bate-pé, bate-mão e seis pulos. Quando encerra a moda, os dançadores após o bate-pé- e bate-mão, realizam a figura que se denomina "Serra Acima", na qual rodam uns atrás dos outros, da esquerda para a direita, batendo os pés e depois as mãos. Feita a volta completa, os dançadores viram-se e se voltam para trás, realizando o que se denomina "Serra Abaixo", sempre a alternar o bate-pé e o bate-mão. Ao terminar o "Serra Abaixo" cada um deve estar no seu lugar, afim de executar novamente o bate-pé, o bate-mão e seis pulos". O Catira encerra-se com o Recortado, no qual as fileiras trocam de lugar e assim também os dançadores, até que o violeiro e seu "segunda" se colocam na extremidade oposta e depois voltam aos seus lugares. Durante o recortado, depois do "levante", no qual todos levantam a melodia, cantando em coro, os cantadores entoam quadrinhas em ritmo vivo. No final do Recortado, os dançadores executam novamente o bate-pé, o bate-mão e os seis pulos. (Obs: Essa é uma explicação de apaenas uma formo das muitas que existem de dançar a Catira!)
Localização
Foi uma dança muito usada pelos catequistas, muito conhecida e difundida entre os caipiras do estado de São Paulo. Nas zonas litorâneas ( desde Angra dos Reis até a baía de Paranaguá) era dançado usando-se tamancos de madeira. Já nas zonas pastoris (Barretos, Guaratinguetá, Itararé, sul de São Paulo e Minas, Norte do Paraná e Goiás) usavam-se grandes esporas chilenas para retinir melhor o som. Em muitos locais desses estados, a dança era executada com os pés descalços. O catireiro procura sempre "pisar as cordas da viola", termo que designa sincronia entre o toque do instrumento com o bater de pés e mãos.
Grupos de Catira
-O Grupo Tradição Goiana, através de uma dança folclórica um pouco esquecida no mundo moderno que é o catira, gostam do que fazem. Este grupo é formado por seis componentes, surgiu em 26 de abril de 2004, pela necessidade de manter a tradição dessa dança típica da nossa região.
Até 1996 sua finalidade maior era preservar uma tradição familiar portanto, suas apresentações não seguiam um calendário artístico rigoroso.
De 1997 em diante, o Grupo passou atuar de forma profissional, levando até seu público, um trabalho de maior qualidade.
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